06 setembro, 2006

Solte o Verbo

Acadêmicas do Curso de Pedagogia FACOS
Adline de Quadros Lopes
Caroline Fogaça Lisboa
Juliana Silveira
Tatiane Zampiva Barreiro

Prática de Ensino e Pesquisa II: Estágio em Espaço Não Escolar
Professora Anilda Machado de Souza

A mudança da tecnologia virtual ocorreu muito rápida, por exemplo, antes ficávamos ansiosos na expectativa de receber uma carta, que demorava no máximo quatro dias para chegar ao destinatário. Hoje já não é mais assim. Com o surgimento da Internet, e-mail, MSN, Orkut, Blog, e torpedos no celular, criam-se uma possibilidade de comunicação imediata, pois basta que se esteja “on-line”.
A tecnologia continua modificando a linguagem escrita, abreviando palavras e expressões na tentativa de garantir uma comunicação com menor número de caracteres.
Foi tentando resgatar os prazeres e emoções que envolvem a escrita e a leitura, que tivemos a idéia de realizar o projeto - SOLTE O VERBO - baseado no filme “Central do Brasil”.
Durante a nossa prática pensamos como fazer para que as pessoas que estavam no rodeio se interessassem pelo nosso trabalho. Providenciamos todo um aparato, desde uniformes até “bocas soltas” pelo estande.
Começamos com panfletagem pelo parque de rodeio, comentávamos com as pessoas o objetivo de estarmos ali, que era o resgate da linguagem escrita formal.
Finalizamos com toda a nossa estrutura bem convidativa do estande (que se localizava ao lado do palco de apresentações) possuímos mesas, cadeiras, banco, murais, folhas para bilhetes e cartas, envelopes, giz de cera, hidrocores, lápis de cor e nossos uniformes (camisetas rosa e verde bordadas com lantejoulas), nosso símbolo colado por todo o estande, os maiores ao lado do nome do projeto.
Durante a participação do público em nosso projeto procuramos não interferir no processo de criação e escrita das mesmas, queríamos analisar posteriormente como seria uma escrita no rodeio.Torna-se indispensável relatar que muitas de nossas expectativas foram superadas, outras foram desestruturadas por circunstâncias que anteriormente não pensávamos, como por exemplo, a participação, na maioria, de crianças, a hipótese de um determinado jovem analfabeto que talvez por vergonha não quis escrever uma carta, e também pensávamos que as escritas seriam relacionadas ao meio campeiro.
Sendo assim, podemos afirmar que existe sim aprendizagens fora do ambiente escolar, mas para isso precisamos estar dispostas ao novo, ou seja, para inovar nossas práticas.